O Choro que Mudou Tudo

O Silêncio Após o Apito

Lembro-me exatamente do momento — os relógios marcando 14:47 em 23 de junho de 2025. Black Ox contra DamaTora. Zero gols por 89 minutos. Então, no acréscimo — um chute. Não de um atacante estrela. Não de uma jogada tática. De ela. Uma rapariga na arquibancada, com aus fones, olhos molhados de lágrimas não derramadas. Ela nem sequer torcia pelo Black Ox… ela agarrava-se a algo mais antigo.

A Revolução Silenciosa

Dois meses depois, contra Mapo Railway — um empate 0-0 que parecia derrota envolta em silêncio outra vez. Nenhum golo marcado? Talvez não no papel. Mas nesse empate? Era o ritmo da resiliência. Os adeptos não aplaudiram — sussurraram juntos sob as luzes verdes-amarelas da Ponte Trafalga.

Por Que Isto Importa

Cresci bilingue — não apenas falando inglês, mas carregando melodias portuguesas nas veias. Minha mãe dançava samba aos domingos; meu pai tecia táticas nas conversas do café da manhã. Nunca chamamos futebol de ‘esporte’ aqui — chamávamos de pertencer. Quando o Black Ox venceu sem nada além de garra? Foi então que aprendi: vitória não se mede por troféus… mas por quem ficou em silêncio — e ainda acreditou.

O Que Vem a Seguir?

Próximo jogo: o apito final de outubro ecoará outra vez. Eles romperão o silêncio novamente? Ou seguiremos com a respiração mais uma vez? Você sabe o que eu penso — você já esteve lá também.