6.20 Takeoff: Quando o Relógio Começa a Contar seus Sonhos

Estava no Terminal 3 do Heathrow na terça-feira passada, segurando meu bilhete como se fosse um texto sagrado. A tela piscava: Atraso no Partida – 18h20. E naquele instante, não pensei em números de voo ou turbulência — pensei em quantas pessoas perdem seus próprios descolamentos todos os dias.

Sim, estou falando da vida. Não de voos reais (embora se você chegar atrasado, não me culpe), mas das partidas emocionais e existenciais que adiamos.

O Horário Real da Partida

Não é às 18h20. Nem sequer quando o portão fecha.

É quando você finalmente decide parar de esperar permissão — para começar seu projeto, ligar para aquele amigo depois de anos, falar em uma reunião ou mudar para Lisboa porque sua alma diz vai.

Costumava achar que estava muito ocupado para sonhar grande. Até ver uma criança das favelas do Rio treinar descalça sob luzes de rua — sua bola gasta após dez mil chutes — e perceber: ele não precisava de um terminal aéreo. Tinha ritmo. Tinha fogo.

E aqui estou eu em Londres com escritórios climatizados e café caro… ainda esperando pelo ‘momento certo’.

O Tempo Não É o Inimigo — É a Procrastinação

O mundo funciona com prazos — voos, provas, folha de pagamento — mas nossos maiores medos? Não estão ligados aos relógios.

Estão ligados à vergonha: E se eu fracassar? E se rirem de mim? E se eu não for suficiente?

Essa voz — sussurrando ‘espere só até semana que vem’ — é o verdadeiro agente de portão bloqueando seu caminho.

Interviewei um ex-jogador que se aposentou aos 28 por dizer que ‘não se sentia pronto’. Hoje treina crianças em São Paulo usando suas chuteiras antigas como ferramentas didáticas.

Sua mensagem? Você não precisa ser perfeito para começar.

O Efeito Cadeia de Chegar cedo (Mesmo Estando Atrasado)

Meu segredo: chegue tarde — mas com fogo nos olhos. Quando entra na sala cinco minutos depois dos outros… mas cheio de propósito… algo muda. As pessoas notam — não por ser pontual, mas por carregar energia que ninguém ignora.

No futebol isso chama-se controle do ritmo. Na vida? Presença. Então sim: preste atenção nos horários dos voos (e deixe-me ajudá-lo com minhas contagens regressivas semanais). Mas mais importante: preste atenção ao seu relógio interno — aquele que bate mais alto do que qualquer sistema de anúncios do aeroporto.

Sua Vida Não Tem Sinal ‘Portão Fechado’ (Ainda)

Vivemos numa era onde tudo parece urgente, mas nada parece definitivo. Rolamos vidas idealizadas por influenciadores enquanto nossos sonhos acumulam poeira em cadernos marcados ‘um dia’. Pois bem: nada nunca foi anunciado pelos aviões: The avião está sempre pronto — com espaço para mais um passageiro… even if they arrive late—in sweatpants and with unshaved legs and zero baggage allowance… as long as they bring courage instead of excuses. So mark this down: The real departure time isn’t on any board screen—it’s inside you. Right now. Today. At this very second. The wings are already up, The engines are warm, The world needs your story before it even knows it exists… in fact—you might be its only reason for taking off today.